SIN KILLER webzine – Reviews: VIRGIN BLACK – REQUIEM / MEZZO FORTE – Silent Music Records – Nacional – Nota: 5,0

domingo, outubro 16, 2011

VIRGIN BLACK – REQUIEM / MEZZO FORTE – Silent Music Records – Nacional – Nota: 5,0

Este é um lançamento bastante sofisticado de 2007 do grupo australiano Virgin Black que está sendo também lançado nacionalmente pelo selo Silent Music Records (que já conta com um bom número de lançamentos em seu cast).

O álbum conta com a participação do coral da academia Stamford da cidade de Adelaide, Austrália, conduzida pelo maestro Bruce Stewart. É um trabalho bastante melancólico, sombrio, excessivamente mórbido, apesar da excelente produção e mixagem.

O play abre com a faixa Réquiem, Kyrie, uma longa faixa em que há apenas vocalizações (solo e coral) sobre alguns arranjos de teclados e as vezes ganha certo peso e corpo mas sempre mantendo o clima bastante mórbido, também pudera. Réquiem é uma composição musical em homenagem a uma pessoa já falecida.

A próxima, “In Death”, segue o mesmo esquema, sombria demais, extensa, embora em certas partes há um andamento mais arrastado (não menos mórbido porém). Destaque para as boas intervenções da soprano Susan Johnson e do tenor Rowan London.

“Midnight´s Hymn” continua mantendo o mesmo clima, quase não há outros elemntos a não ser o coral fazendo contraponto com os vocais solos e os arranjos mórbidos de teclados.

Como não poderia deixar de ser, “...And I Am Suffering”, continua no mesmo esquema, a continuação da história, assim como “Domine” (esta já consta com mais elementos como guitarras, baixo, bateria) mantendo sempre o clima morbido, sombrio. Esta com mais de dez minutos.

“Domine” é a próxima (que também, como a anterior, consta com a participação da banda toda e ainda tem vocalizações guturais), mas sempre mantendo o clima excessivamente mórbido-arrastadão.

Temos então “Lacrimosa (I Am Blind With Weeping)” com o coral melancólico desfilando ao longo da música toda (de novo?) E finalmente, “Rest Eternal”, fechando a estória, e tome mais vocais apoiados sobre teclados.

É um álbum em Mi menor, daí se explica o clima apático, triste demais do início ao fim. Como disse, a produção é digna da melhor nota assim como o belíssimo e luxuoso encarte (apesar de não haver fotos de ninguém).

É um álbum infinitamente triste, todas as faixas e nessas, todos os trechos são recheados de melancolia, timbres sombrios, não há um só momento que difere essa característica no álbum. Nem o filme A Lista de Schindler apresenta um clima tão único, tão pesado.

Tem de estar realmente na fossa pra encarar um play como esse, sem uma nota mais ou menos alegre ou algum arranjo mais exaltado. Pra quem gosta (ou quer ficar deprimido por longo tempo) é o álbum ideal, o mais melancólico e sem variações (e olhe que já usei esse termo várias vezes por aqui) que já ouvi nos últimos tempos.

É a proposta mas por fim, considerei esse lançamento excessivamente monótono.

Site: www.virginblack.com

By Fred Mika
http://www.strikemet.com/


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