Carioca Club, SP/SP - (27/05/2012)
Texto por Noman Lima e fotos por Daniel Croce
Apesar de alguns cancelamentos, e adiamentos a Liberation compensou trazendo o Escape The Fate para dividir a posição de headline com o Underoath. Horas antes do show, 80% dos rockers já encontravam na porta do Carioca.
Os canadenses do Protest The Hero abriram o evento e decepcionou um pouco quem esperava uma apresentação com breakdowns e choppy beats. O vocalista Rody Walker atua de forma engraçada e sabe conduzir uma plateia com seu jeito e vocal fora do comum. Seus companheiros não tem presença de palco mas o público até que foi generoso com eles, graças ao engraçadinho frontman – a verdade é que por ser um som um tanto quanto virtuoso, tirou um pouco da energia em sua apresentação. Seu set foi quase que todo baseado em seu último CD, o excelente Scurrilous.
Após um pequeno intervalo foi a vez do Escape The Fate mostrar a cara... pintada! ops... A imagem de ‘bad boys’ pareceu muito forçada, especificamente do visual emo de Craig Mabbit, o vocal e TJ Bell (baixista). Contudo a reação da plateia foi automática com o start da banda, cantando junto em quase todo o set, que teve um final inesperado, quandoo lead singer apelão fez um stage diving, que dessa vez, teve o estrago esperado... Craig ficou sem seus alargadores, sem seus sapatos, quase foi enforcado pela própria camiseta, que insistiam em puxar (a mesma ficou em frangalhos!) e deu um trabalhão para os seguranças que lutavam para resgata-lo no meio da pista – o frisson que eles causaram no público feminino, foi absurdo!
No set, músicas de todos os álbuns da banda, como Choose Your Fate, 10 Miles Wide, Issues, The Flood, Something, Day Of Wreckoning, Revenge, You Are So, Gorgeous Nightmare, This War e G3.
As atenções finais estavam em peso para o headliners, com todos gritando seu nome. E assim, o Underoath entrou no palco com o jogo ganho.
Eles ainda estão promovendo seu ultimo release de 2010 Ø (Disambiguation), bastante criticado pela “crentaiada”... por causa dos temas desse material e sua The IlluminaTOUR.
A saída do vocalista Aaron Gillespie (vocal limpo) e baterista não comprometeu o peso e performance do grupo, tendo o seu kick off com Young Aspiring com o brilhante Spencer fazendo as duas vozes perfeitamente. As presenças de palco dos músicos foram incríveis. Os agitados, tecladista Chris Dudley e o guitarrista Tim McTague beiravam a insanidade. O christcore do grupo figura na linha top do cenário mundial, mesmo sem a presença marcante de blast beat e breakdowns. O caos ficam por conta do vocal poderoso e atividade individual dos membros, preparados, aptos em suas funções ao vivo. Os momentos “killers” do set, foram: It’s Dangerous Business Walking Out Your Front Door, A Boy Brushed Red... Living In Black And White e a escrita para terminar Writing on the Walls. Dentre outras, não deixaram de fora sons como In Regards, Viper, In Division, Frodo, Paper Lung, por exemplo.
Sem disfarçar muito eles se despedem e logo voltam pra encerrar a noite. A banda inteira é excelente, mas a performance de Spencer foi bem acima da média!
Um outro ponto, que não pode passar batido, sem dúvida, é o respeito entre as bandas, onde cada uma elogiava a outra, e pedia para que o público as aplaudisse! Respeito em alta!